segunda-feira, 10 de maio de 2010

A Mãe Natureza

A Grande Mãe e a Natureza


Desde a Antigüidade, o Ser Humano
fascina-se com os mistérios da Mãe Natureza:
Ciclos da Vida, a fertilidade e a colheita,
o cultivo e o nascimento na Alma do Feminino.
Na qualidade de filhas da Natureza, nós,
mulheres, vivemos o seu ritmo, seu fluxo,
a maternidade, reproduzindo a criação.



O eterno fluxo feminino:
a infância, substituída pela adolescência,
a jovem adulta à condição de mulher,
a parturiente à mãe: A Grande Mãe!

    A Grande Mãe, figura arquetípica
presente em variadas culturas,
tendo responsabilidade quanto à
nutrição e à destruição de sua criação.
A criação que está presente em nós
e ao nosso lado, no assumir de nossa fertilidade,
no cultivo, na colheita e no nascer
de uma Nova vida, de um Novo Ser.
Em nós, nascendo a partir de nós,
parte de dentro de nós,
chegando como criança a sua vida,
a sua existência, ao início de
um processo, de uma longa jornada.
É a construção da história de um novo Ser humano.





Após o parto, a mãe emociona-se ao ouvir o primeiro
choro do recém-nascido, o sopro divino,
a sua primeira respiração nesta existência.
Neste momento,
a criança, está sobre a barriga da mãe,
com os olhos fechados como que na
imersão em seu mundo interior, do qual
emergiu apenas fisicamente.
Neste exato momento, reina a totalidade:
a Grande Mãe com sua Criação Divina.


 


O milagre de uma nova vida principia
misteriosamente e em silêncio.
A mãe aceita esse milagre em si e naquele
que também encontra-se adormecido sobre si.
Aos poucos, o recém-nascido abre seus olhos,
olha para a mãe e sorri. A mãe revive todo o milagre.
 





Ela vê a profundidade nos olhos do pequeno Ser,
que parece vir de longe, e ela pressente a existência,
ali, de uma sabedoria que traz as experiências de toda
a humanidade, e então admira -se ao intuir em sua
Alma Feminina vínculos com todas as mulheres que
já viveram ou viverão a mesma experiência que,
apesar de universal, é muito única para cada uma.



Talvez a mãe acaricie, cheia de veneração,
o milagre de sua criação: a criança que,
com a expressão de felicidade em seu pequeno rosto,
fecha seus olhos para retornar por um breve momento
ao lugar de onde veio: ao útero da Grande Mãe Natureza.
Sem o filho não existiria o pai, a mãe, e o homem não
poderia viver essa dimensão de sua vida; a mulher não
poderia experimentar o mistério da gravidez e da
maternidade. Sem a Criança, não existiria o produto
da criação com a imagem e semelhança à natureza.



 
Enquanto houver a fertilidade, o cultivo,
a colheita e o nascimento de um novo Ser,
haverá uma Mãe que carregou sua Criança
durante seu cultivo sob seu coração e que
após a colheita o carrega em seu coração.
Existirá, sempre, a Grande Mãe que nos acolhe,
nos acompanha e nos admira ao sermos Mães,
que a sua semelhança, carregamos ao colo,
nossa criação: a Criança Divina.
Poema de autoria desconhecida.  

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